terça-feira, 26 de abril de 2011

É ridículo, eu sei. E fiz figurinhas tristes, eu também sei.

E pois que ao fim de 18 anos e 7 meses de vida decidem que eu, sim, EU, devo ir a uma consulta de saúde infantil. Eram 500 bebés chorões às 8 da matina e eu, uma moçoila de 18 anos, de tacões, maquilhada, verniz na unhas, e etc e tal.
E lá vou eu, informam-me logo a Sra. Enfermeira que é a última consulta grátis, não vá eu habituar-me ao facto de ter consultas de borla agora (sim, porque eu nunca tive nenhuma consulta de graça, paguei-as todas, e consultas de saúde infantil muito menos!), pesa-me, pergunta-me a altura, e o básico, e que há muitas doenças por aí, e que tenho que usar contraceptivos (não acham que estão um bocadinho atrasados?! essa conversa era no máximo feita aos 16, aos 18, estão atrasados meus queridos, atrasados.) e comer direitinho, e quando precisar de alguma coisa é ir ao centro de saúde, a pagar, claro.
Depois vem o médico que olha para mim como se eu fosse um ET e me pergunta 'Quantos anos tens?!'. Dezoito.
E fuma?! E bebe álcool?! E morreu-lhe alguém próximo, e afastado, e amigo, e cão, gato, piriquito?! E a conversação com os seus pais é boa e blá blá blá, e vamos medir a tensão. Íamos, se o aparelhómetro não fosse da idade da pedra e funcionasse. Eu desatei a rir-me, e o médico só disse: 'Caralho!, a tensão deve estar boa!'.
E pronto, no fim lá me mandou fazer análises de maneira a que eu ficasse sem sangue para mim quanto mais para dar e vim-me embora.
E foi resumidamente a minha ida ao hospital às 8 da manhã. E é a minha adoração ao sistema de saúde. Agora qualquer coisinha é só dizer. (e pagar!)

2 comentários:

  1. Tu tens 18 anos???
    Juro que não tos dava!
    Não é que pareças velha mas é que pareces tão "adulta", tão "crescida" ... que engraçado!

    ResponderEliminar