domingo, 20 de fevereiro de 2011

Há muito, muito tempo.


Já houve tempo em que tudo era para mim. Os textos acabavam com um 'amo-te' ou um 'LY', era tudo para mim, e cada um deles me deixava com um sorriso e uma lágrima.
De repente, mudou tudo. E eu nem sei bem o quê. Sim, não sou bem certa da cabeça, e no momento em que desejo que morras longe, quero dizer que ainda gostava que vivesses ao pé de mim (e não para mim). Acho que estamos numa brincadeira de crianças. Tudo o que digo funciona ao contrário, ou devia ser ao contrário. Acho que estraguei tudo, o médico tinha razão. Não fui eu, e não, aqui sei o que estou a dizer, foi o meu feitio, a minha personalidade, essas coisas que existem em mim e nem eu própria compreendo. Certo é que estraguei. O como deve ser o menos importante, mas nunca mais fui digna de uma palavra tua. Se seguiste em frente, se paraste para pensar, se sim, se não, se talvez. Certo, é que na minha cabeça todos os dias passam sim, não e talvez. E hoje, quando me encostei para fumar um cigarro não consegui deixar de pensar em ti. E enquanto penso, 'Margarida, tens a certeza que o esqueceste?!'. A resposta é não. 'Tens a certeza que não o amas?!' Não, também. Não posso esquecer todos os momentos marcantes que passei com ele. 'Será que ele gosta de ti?!' Isso não sei, e não me estou a fazer de vítima, não sei mesmo. Mas eu desejei-lhe o pior. Eu quis o pior. Enquanto por outro lado olho para o telemóvel todos os dias e espero a mensagem de 'bom dia' ou de 'boa noite'
Sinto-te a falta. Disso, tenho a absoluta certeza.

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